CAPÍTULO I - CLÍNICA PSICOPEDAGOGICA - TESTE DE DETECÇÃO DA
SÍNDROME PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE RESULTADOS
Em outro livro da minha
Série de Biologia Neuronal (V. Instrumentais para AUTISMO – Clínica
Psicopedagógica)comentei que “Definições existem várias para esta síndrome.
Autismo- definições geralmente aceites são as que consideram o autismo como um
problema neurológico ou cerebral caracterizado por um decréscimo da comunicação
e das interações sociais.
De acordo com a
Sociedade Americana de Autismo – Autism Society of America – autismo é uma
desordem desenvolvimental vitalícia com perturbações ao nível das competências
físicas, sociais e de linguagem. O dicionário New Lexicon Webster´s
Encyclopedic define autismo como uma desordem psiquiátrica em que o indivíduo
se recolhe dentro de si próprio, não responde a fatores externos e exibe
indiferença relativamente a outros indivíduos ou acontecimentos exteriores a
ele mesmo...”(CESAR: 2012, Tomo III). Também como já comentado se faz
necessário implantar nesse subcapítulo recomendações e indicações para
aplicação dos Testes para Diagnóstico de Autismo. Testes para diagnóstico de
Autismo é uma ferramenta essencial para intervir corretamente com os indivíduos
com esta síndrome. Os testes para diagnóstico de Autismo devem ser feitos,
necessariamente, por profissionais experientes nas diversas áreas de
desenvolvimento, embora, por norma, as áreas mais comprometidas nesta síndrome
são as de comunicação e comportamento. Assim, para meus discentes no
EAD-NEC-CAEE proponho a título de provocação experimental desenvolvermos alguns
dos instrumentos de diagnóstico mais utilizados: Escala de Avaliação do Autismo na Infância (CARS);
Checklist for Autism in Toddlers (CHAT); Modified Checklist for Autism in
Toddlers (M-CHAT); Escala de Avaliação das Competências no Desenvolvimento
Infantil; Programa de Observação Diagnóstica do Autismo (ADOS); Escala de
Desenvolvimento Mental de Griffths; Currículo de Carolina; Perfil
Psicoeducacional Revisto (PEP-R); Gilliam Autism Rating Scale (GARS);
Diagnostic Checklist for Behavior – Disturbed Children; Inventário de
Comportamentos Autísticos (ICA);Behavioral Observation Scale for Autism (BOS);
Autism Diagnostic Interview – Revised (ADI-R); Autism Spectrum Questionnaire
(ASQ); The Parent Interview for Autism (PIA); Wing Autistic Disorder Interview
Checklist (WADIC). Recomendo que tais testes sejam
submetidos empós uma anamnese clínica psicopedagógica. Sei que o leitor tem
afinidade, prática e vivença na aplicabilidade de técnicas de anamenese, mais
tomei a liberdade de especular sobre as fundamentações dessa técnica no próximo
subcapítulo. Justifico essas linhas deizendo que transcrevo sem excesso: (...)”Como o autor é pesquisador e trabalha
com fins de dar uma contribuição a provocação do discurso, e quem sabe, a
identificação do autismo. Acho interessante citar vários ilustres autores
acadêmicos, pesquisadores, que se dedicam a estudar e daí, tomando como marco
referencia dizermos que com base neles o autismo tem origem genética...”
Psicopedagogia.
A Psicopedagogia é um
seguimento técnico cientifico que podemos analisar se esta se estabelece entre
pseudociência ou protociência. Porém acertadamente ela estuda o processo de aprendizagem e suas
dificuldades. Pode-se ser exercida com fulcro em prevenção e caráter
intervencionista com fins terapêutico. A Psicopedagogia na escola especial e
inclusiva deve sempre ter o escopo de atuar preventivamente, e atua na só no
âmbito escolar, mas no exercício da atividade clínica deve alcançar a família e
a comunidade, esclarecendo sobre as variáveis etapas do desenvolvimento
biopsicossocial, para que possam compreender e entender suas características
evitando assim conflitos atitudinais ou direcionamento de pensamentos que não
são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar,
analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento. No
Tomo
I da Série NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA – PRINCÍPIOS GERAIS, CÉSAR: 2012 nas
páginas 94/96 fortalecem
a idéia de uma Psicopedagogia Autônoma com base nos parâmetros científicos e no
auxílio de ciências outras, conectivas, como a neuroanatomia e fisiologia
neuronal, e por conseqüência a ciência neurológica. Assim, os profissionais são
preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de
aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico
e tratamento clínico ou institucional. DIAGNOSTICAR EM PSICOPEDAGOGIA implica
em uma base doutrinária e técnica cientifica que nos leva a interpretação de
anamnese. Assim quando o psicopedagogo atuar em escolas e empresas (psicopedagogia
institucional), na clínica (psicopedagogia clínica) estará fazendo uso de
instrumentais para atingir objetividades especificas. Aqui nesse Tomo
III da Série NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA – PRINCÍPIOS GERAIS, CÉSAR: 2012,
considerando que estamos atuando institucionalmente no AEE e na Clínica da
educação especial, apresento entre outros postulados o encaminhamento de
PROTOCOLOS para a DETECÇÃO DA SÍNDROME DO AUTISMO. O psicopedagogo, através do diagnóstico
clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto,
ele usará instrumentos tais como, provas
operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA,
anamnese,
e os recomendados nesse subcapítulo. Na clínica, o psicopedagogo fará uma
entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários,
quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença,
e a aplicabilidade de técnicas com fins de viabilizar as correções necessárias.
Existem muitas recomendações, a partir das práticas profissionais, quando se
refere à primeira abordagem do Psicopedagogo com membros da família do
aprendente. Dizem, e eu tenho restrições, que nesse primeiro contato não é
recomendável falar sobre o histórico do discente/aprendiz/aluno em análise,
argumentam alguns que isso pode ou poderá contaminar o diagnóstico
psicopedagógico e interferi no olhar do psicopedagogo sobre o
paciente/cliente/aprendiz, etc. Assim, tive a oportunidade de ler e analisar
vários formulários destinados a anamnese e para a minha equipe de pesquisadores
no INESPEC-CAEE decidiu instituir alguns procedimentos para formular
PRONTUÁRIOS PSICOPEDAGÓGICOS. O histórico do sujeito, desde seu nascimento,
deve ser relatado em minha opinião a partir do primeiro contato com os
genitores, de preferência com a genitora por conta de implicações pré-natais e
pós-parto. Acredito que nessa fase compreender uma abordagem psicanalítica é
relevante, deve ser detectar a possibilidades de uma família patológica, com
muita cautela os dados avaliados deve ser subsidiado com o máximo de
informações que leve o Psicopedagogo a “desenhar uma visão da psicodinâmica do
atendido”. A entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis também é relevante.
Se você leitor teve acesso a todo o conteúdo desse Volume e dos Tomos
I e II da Série NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA – PRINCÍPIOS GERAIS, CÉSAR: 2012
vão compreender a importância dessas colocações. Alguns profissionais de
relevância aceitável asseveram que o diagnóstico psicopedagógico pode ser
descrito entre 8 a
10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada. O
diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O
profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele
indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros
problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um
neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Na primeira consulta clínica
com um profissional não impõe que o tratamento seja necessariamente com esse
primeiro, poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que
fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. O
PRINCIPAL foco da Clínica Psicopedagógica é ter em mente que durante o
tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a
melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este transtorno,
distúrbio ou deficiência intelectual. Assim na Clinica Psicopedagógica o
psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos,
brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que forem
oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e
são através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de
sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende
a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve
o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros. Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de desenvolvimento cognitivo ou de aprendizagem. O profissional poderá ir até a escola para conversar com o (a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento. O psicopedagogo precisa ter uma bagagem intelectual firme e ter o senso ético de que muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógico revisional a exemplo que se faz na Psicanálise. A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”. O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores. No INESPEC-CAEE o trabalho do Psicopedagogo Clínico e Institucional deve ter como diretrizes:
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros. Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de desenvolvimento cognitivo ou de aprendizagem. O profissional poderá ir até a escola para conversar com o (a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento. O psicopedagogo precisa ter uma bagagem intelectual firme e ter o senso ético de que muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógico revisional a exemplo que se faz na Psicanálise. A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”. O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores. No INESPEC-CAEE o trabalho do Psicopedagogo Clínico e Institucional deve ter como diretrizes:
1.
AJUDAR OS PROFESSORES, AUXILIANDO-OS NA MELHOR
FORMA DE ELABORAR UM PLANO DE AULA PARA QUE OS ALUNOS POSSAM ENTENDER MELHOR AS
AULAS;
2.
AJUDAR NA ELABORAÇÃO DO PROJETO
PEDAGÓGICO;
3.
ORIENTAR OS PROFESSORES NA MELHOR
FORMA DE AJUDAR, EM SALA DE AULA, AQUELE ALUNO COM DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM;
4.
REALIZAR UM DIAGNÓSTICO
INSTITUCIONAL PARA AVERIGUAR POSSÍVEIS PROBLEMAS PEDAGÓGICOS QUE POSSAM ESTAR
PREJUDICANDO O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM;
5.
ENCAMINHAR O ALUNO PARA UM
PROFISSIONAL (PSICOPEDAGOGO, PSICÓLOGO, FONOAUDIÓLOGO ETC) A PARTIR DE
AVALIAÇÕES PSICOPEDAGÓGICOS;
6.
CONVERSAR COM OS PAIS PARA FORNECER
ORIENTAÇÕES;
7.
AUXILIAR A DIREÇÃO DA ESCOLA PARA
QUE OS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO POSSAM TER UM BOM RELACIONAMENTO ENTRE SI;
8.
CONVERSAR COM A CRIANÇA OU
ADOLESCENTE QUANDO ESTE PRECISAR DE ORIENTAÇÃO.
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