RÁDIO INESPEC BRASIL 2014

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

CAPÍTULO I - CLÍNICA PSICOPEDAGOGICA - TESTE DE DETECÇÃO DA SÍNDROME PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE RESULTADOS



CAPÍTULO I - CLÍNICA PSICOPEDAGOGICA - TESTE DE DETECÇÃO DA SÍNDROME PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE RESULTADOS

,Testes.
Em outro livro da minha Série de Biologia Neuronal (V. Instrumentais para AUTISMO – Clínica Psicopedagógica)comentei que “Definições existem várias para esta síndrome. Autismo- definições geralmente aceites são as que consideram o autismo como um problema neurológico ou cerebral caracterizado por um decréscimo da comunicação e das interações sociais.



De acordo com a Sociedade Americana de Autismo – Autism Society of America – autismo é uma desordem desenvolvimental vitalícia com perturbações ao nível das competências físicas, sociais e de linguagem. O dicionário New Lexicon Webster´s Encyclopedic define autismo como uma desordem psiquiátrica em que o indivíduo se recolhe dentro de si próprio, não responde a fatores externos e exibe indiferença relativamente a outros indivíduos ou acontecimentos exteriores a ele mesmo...”(CESAR: 2012, Tomo III). Também como já comentado se faz necessário implantar nesse subcapítulo recomendações e indicações para aplicação dos Testes para Diagnóstico de Autismo. Testes para diagnóstico de Autismo é uma ferramenta essencial para intervir corretamente com os indivíduos com esta síndrome. Os testes para diagnóstico de Autismo devem ser feitos, necessariamente, por profissionais experientes nas diversas áreas de desenvolvimento, embora, por norma, as áreas mais comprometidas nesta síndrome são as de comunicação e comportamento. Assim, para meus discentes no EAD-NEC-CAEE proponho a título de provocação experimental desenvolvermos alguns dos instrumentos de diagnóstico mais utilizados:  Escala de Avaliação do Autismo na Infância (CARS); Checklist for Autism in Toddlers (CHAT); Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT); Escala de Avaliação das Competências no Desenvolvimento Infantil; Programa de Observação Diagnóstica do Autismo (ADOS); Escala de Desenvolvimento Mental de Griffths; Currículo de Carolina; Perfil Psicoeducacional Revisto (PEP-R); Gilliam Autism Rating Scale (GARS); Diagnostic Checklist for Behavior – Disturbed Children; Inventário de Comportamentos Autísticos (ICA);Behavioral Observation Scale for Autism (BOS); Autism Diagnostic Interview – Revised (ADI-R); Autism Spectrum Questionnaire (ASQ); The Parent Interview for Autism (PIA); Wing Autistic Disorder Interview Checklist (WADIC). Recomendo que tais testes sejam submetidos empós uma anamnese clínica psicopedagógica. Sei que o leitor tem afinidade, prática e vivença na aplicabilidade de técnicas de anamenese, mais tomei a liberdade de especular sobre as fundamentações dessa técnica no próximo subcapítulo. Justifico essas linhas deizendo que transcrevo sem excesso:  (...)”Como o autor é pesquisador e trabalha com fins de dar uma contribuição a provocação do discurso, e quem sabe, a identificação do autismo. Acho interessante citar vários ilustres autores acadêmicos, pesquisadores, que se dedicam a estudar e daí, tomando como marco referencia dizermos que com base neles o autismo tem origem genética...”
Psicopedagogia.
A Psicopedagogia é um seguimento técnico cientifico que podemos analisar se esta se estabelece entre pseudociência ou protociência. Porém acertadamente ela estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades. Pode-se ser exercida com fulcro em prevenção e caráter intervencionista com fins terapêutico. A Psicopedagogia na escola especial e inclusiva deve sempre ter o escopo de atuar preventivamente, e atua na só no âmbito escolar, mas no exercício da atividade clínica deve alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as variáveis etapas do desenvolvimento biopsicossocial, para que possam compreender e entender suas características evitando assim conflitos atitudinais ou direcionamento de pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento. No Tomo I da Série NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA – PRINCÍPIOS GERAIS, CÉSAR: 2012 nas páginas 94/96 fortalecem a idéia de uma Psicopedagogia Autônoma com base nos parâmetros científicos e no auxílio de ciências outras, conectivas, como a neuroanatomia e fisiologia neuronal, e por conseqüência a ciência neurológica. Assim, os profissionais são preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional. DIAGNOSTICAR EM PSICOPEDAGOGIA implica em uma base doutrinária e técnica cientifica que nos leva a interpretação de anamnese. Assim quando o psicopedagogo atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica) estará fazendo uso de instrumentais para atingir objetividades especificas. Aqui nesse Tomo III da Série NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA – PRINCÍPIOS GERAIS, CÉSAR: 2012, considerando que estamos atuando institucionalmente no AEE e na Clínica da educação especial, apresento entre outros postulados o encaminhamento de PROTOCOLOS para a DETECÇÃO DA SÍNDROME DO AUTISMO. O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA, anamnese, e os recomendados nesse subcapítulo. Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença, e a aplicabilidade de técnicas com fins de viabilizar as correções necessárias. Existem muitas recomendações, a partir das práticas profissionais, quando se refere à primeira abordagem do Psicopedagogo com membros da família do aprendente. Dizem, e eu tenho restrições, que nesse primeiro contato não é recomendável falar sobre o histórico do discente/aprendiz/aluno em análise, argumentam alguns que isso pode ou poderá contaminar o diagnóstico psicopedagógico e interferi no olhar do psicopedagogo sobre o paciente/cliente/aprendiz, etc. Assim, tive a oportunidade de ler e analisar vários formulários destinados a anamnese e para a minha equipe de pesquisadores no INESPEC-CAEE decidiu instituir alguns procedimentos para formular PRONTUÁRIOS PSICOPEDAGÓGICOS. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, deve ser relatado em minha opinião a partir do primeiro contato com os genitores, de preferência com a genitora por conta de implicações pré-natais e pós-parto. Acredito que nessa fase compreender uma abordagem psicanalítica é relevante, deve ser detectar a possibilidades de uma família patológica, com muita cautela os dados avaliados deve ser subsidiado com o máximo de informações que leve o Psicopedagogo a “desenhar uma visão da psicodinâmica do atendido”. A entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis também é relevante. Se você leitor teve acesso a todo o conteúdo desse Volume e dos Tomos I e II da Série NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA – PRINCÍPIOS GERAIS, CÉSAR: 2012 vão compreender a importância dessas colocações. Alguns profissionais de relevância aceitável asseveram que o diagnóstico psicopedagógico pode ser descrito entre 8 a 10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada. O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Na primeira consulta clínica com um profissional não impõe que o tratamento seja necessariamente com esse primeiro, poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo.  O PRINCIPAL foco da Clínica Psicopedagógica é ter em mente que durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este transtorno, distúrbio ou deficiência intelectual. Assim na Clinica Psicopedagógica o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e são através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros. Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de desenvolvimento cognitivo ou de aprendizagem. O profissional poderá ir até a escola para conversar com o (a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento. O psicopedagogo precisa ter uma bagagem intelectual firme e ter o senso ético de que muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógico revisional a exemplo que se faz na Psicanálise. A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”. O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores. No INESPEC-CAEE o trabalho do Psicopedagogo Clínico e Institucional deve ter como diretrizes:

1.       AJUDAR OS PROFESSORES, AUXILIANDO-OS NA MELHOR FORMA DE ELABORAR UM PLANO DE AULA PARA QUE OS ALUNOS POSSAM ENTENDER MELHOR AS AULAS;
2.      AJUDAR NA ELABORAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO;
3.      ORIENTAR OS PROFESSORES NA MELHOR FORMA DE AJUDAR, EM SALA DE AULA, AQUELE ALUNO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM;
4.      REALIZAR UM DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL PARA AVERIGUAR POSSÍVEIS PROBLEMAS PEDAGÓGICOS QUE POSSAM ESTAR PREJUDICANDO O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM;
5.      ENCAMINHAR O ALUNO PARA UM PROFISSIONAL (PSICOPEDAGOGO, PSICÓLOGO, FONOAUDIÓLOGO ETC) A PARTIR DE AVALIAÇÕES PSICOPEDAGÓGICOS;
6.      CONVERSAR COM OS PAIS PARA FORNECER ORIENTAÇÕES;
7.      AUXILIAR A DIREÇÃO DA ESCOLA PARA QUE OS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO POSSAM TER UM BOM RELACIONAMENTO ENTRE SI;
8.           CONVERSAR COM A CRIANÇA OU ADOLESCENTE QUANDO ESTE PRECISAR DE ORIENTAÇÃO.

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